As novas regras da linguagem

CONVERSAR É BOM. OU, PELO MENOS, FOI BOM UM DIA. Nesta era em que todos estão conectados o tempo inteiro, a comunicação parece ter migrado das cordas vocais para a ponta dos dedos. Veja, por exemplo, o fato de você, muitas vezes, preferir mandar um torpedo a deixar uma mensagem de voz no celular. Ou tuitar sobre o novo bar que visitou em vez de fazer a secular propaganda boca a boca. Ou flertar pelo Facebook, relegando o tête-à-tête a sabe-se lá que plano. Não estranhe. São coisas do universo digital, onde os números são sempre superlativos. Segundo o instituto Ibope Nielsen Online, cerca de 26 milhões de brasileiros navegam por mês no Orkut. No Twitter, são 10 milhões. O Facebook recebe em média 9,5 milhões de usuários do Brasil. Ao que tudo indica, somos uma multidão de tagarelas mudos. E o pior é que nos julgamos fluentes nesse tipo de comunicação. Ledo engano. “Olhamos o que os outros fazem e experimentamos fazer o mesmo”, afirma Naomi Baron, linguista da Universidade Americana, em Washington, nos Estados Unidos. “Não há regras de verdade”, completa. Até agora.

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