"ME ENCURRALARAM NA EMBAIXADA"

SEM PLANOS Para Zelaya, o futuro ainda é incerto
Esgotadas as hipóteses formais para seu retorno ao poder em Honduras, o presidente deposto Manuel Zelaya vê seu dilema agravar-se dia após dia. Com a negativa do Congresso em restituí-lo e a iminente posse do presidente eleito Porfírio Lobo em janeiro, resta apenas o exílio. Na quarta-feira , Zelaya fez a primeira tentativa de deixar o país em dois meses e meio, tempo em que permanece abrigado na embaixada do Brasil em Tegucigalpa. Seu destino era o México. Mas o presidente de fato, Roberto Micheletti, condicionou o salvo-conduto à assinatura de uma carta de renúncia, o que Zelaya recusou. “O presidente eleito pelo povo está sendo mantido preso em seu próprio país”, disse Zelaya à ISTOÉ. Como agravante, o governo mexicano declarou “não haver condições” para receber o hondurenho. Enquanto isso, o chanceler Celso Amorim, sempre solidário, garantiu que não vai expulsar Zelaya da embaixada.