Um fundo para salvar o clima?

Um dos delegados da COP-15 observa um globo gigante que representa o aquecimento dos oceanos
Essa questão é o tema central de um texto não-oficial escrito por representantes do México, da Austrália, da Noruega e do Reino Unido. O documento sugere que órgãos como o Banco Mundial ajudem na luta contra as mudanças climáticas e propõe a criação de um “Fundo de Copenhague” a partir de 2012, com um orçamento de US$ 10 bilhões anuais. No período de transição entre 2010 e 2012, o Reino Unido promete investir cerca de US$ 1,3 bilhão para custear as primeiras ações.
A proposta, defendida pelo primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, também contaria com a simpatia do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama.
Segundo o documento publicado pelos quatro países, metade das verbas destinadas ao fundo deveria ser destinada para financiar adaptações que reduzam a emissão de poluentes em países em desenvolvimento – no texto, México, África do Sul e Bangladesh são citados como exemplo. A outra metade seria usada para recompensar ações efetivas que reduzissem as emissões de CO2, com ênfase no combate ao desmatamento.
A ideia contraria propostas anteriores, que previam pagamentos apenas depois que as ações fossem implantadas e obtivessem resultados concretos. O novo modelo aceleraria a diminuição das emissões de gases causadores do efeito estufa e incentivaria países pobres a participarem do esforço contra as mudanças climáticas desde o início.